Blog

O Pródigo de hoje

O Pródigo de hoje Irmãos amados, santos e resgatados pelo precioso sangue do Cordeiro de Deus, paz seja com todos.Tenho sido continuamente alertado em minha mente e coração sobre este assunto em especial. O Senhor tem me incomodado diariamente a refletir e entender a profundidade deste tema. Não devemos ler o texto bíblico de forma distante, afastando-nos de sua mensagem. Cada palavra deve ser considerada como uma exortação prática para nossa vida no dia de hoje. Vejamos o texto: 11 – Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos.12 – O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.13 – “Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.” (Lucas 15.11-13) Este é um texto que, ao lermos, nos faz pensar nos irmãos desigrejados, afastados ou desviados, como são costumeiramente chamados. Mas sinto que o Senhor tem muito mais a dizer à Sua Igreja por meio dessa linda parábola. O filho mais novo tinha todos os recursos necessários para uma vida digna e próspera. Porém, ele não conseguia enxergar todos os benefícios que o cercavam na casa de seu pai. Ele resumiu todas as dádivas que tinha (um lar, comunhão à mesa, servos, atenção do pai, honra) a uma mera herança. Era como se ele apenas enxergasse o dinheiro por trás dos bens de seu pai e, ao fazê-lo, acreditasse que todo aquele recurso era mal gasto. Ele acreditava que saberia administrar os recursos de forma mais satisfatória, segundo seus desejos e vontades. Mas sabemos que o final comprovou o contrário. Surge-me uma questão: o que temos feito com os recursos que o Pai Celeste nos dá? Não falo apenas de dinheiro, mas também de saúde, liberdade de ir e vir, fala, pensamento, internet, roupas, alimento, moradia, veículos, amigos, igreja, escola, trabalho, parentes… Pense em cada uma dessas coisas como um recurso confiado a você. Somos gratos e vivemos para o Reino, usando esses recursos para a glória de Deus, ou temos administrado de forma pródiga, desperdiçando cada bênção que nos foi dada? Tudo o que recebemos vem de Deus. A liberdade que temos hoje é negada a muitos em outros lugares. Saúde, família e tantas outras dádivas são bênçãos que inúmeros filhos de Deus não têm. Se temos todas essas coisas, algumas delas ou, ao menos, uma única bênção, ainda assim temos um recurso à nossa disposição. Devemos ignorar o Pai e viver ao nosso bel-prazer? O Senhor nos ensina que o fim de uma vida distante dos Seus propósitos é marcado pela ingratidão, cegueira, miséria e, por fim, amargura. Nunca é tarde para se arrepender e voltar, humilhado, à casa do Pai — à casa da reflexão, ao quarto de oração, ao contato íntimo com o Senhor — para pedir perdão. Que o Senhor nos restaure e nos livre das murmurações ingratas, das tristezas cegas que nos impedem de valorizar a vida que temos e das desvalorizações das preciosidades que nos foram dadas. Que Ele encontre em nós um filho feliz em Sua casa, gozando de Sua presença, vivendo com Ele e para Ele, com a certeza intrínseca de que, fora da casa do Pai, não há nada para nós.